quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Sweet Nothing

Começo a, finalmente, entender que minha vida e minha alma precisavam seguir em frente. Para mim já não bastava aquela rotina de um mundo fechado e limitado a poucos. Eu queria o novo, toda a vivacidade que se esconde em cada esquina desconhecida.
Tudo aquilo que eu acreditei ser suficiente passou a me deixar incompleta. Então procurei maneiras de me enganar, de me entreter para não atrapalhar todo o comodismo que aquela situação me proporcionava. Minha alma, no entanto, gritava bem lá no fundo: "me salve, salve-se!". E esse desejo me parecia sempre mais inconstante, afoito, desesperado. Até que ponto eu me permitiria àquela mentira?
Eu queria sentir outra vez como era estar viva. Perceber a adrenalina percorrendo meu corpo e provocando aquela sensação de realização, de aventura, de novidade, de liberdade! Foi aí que eu entendi que o mundo era bem maior do que eu acreditava que fosse, e nesse mesmo mundo existiam milhares de pessoas prontas para me dar aquilo que eu pedia: o desconhecido.
Vi minha realidade paralela ruir em um piscar de olhos e confesso que aquilo me deixava feliz. Mais do que feliz, me provocou algo que eu ainda não consegui encontrar uma palavra que defina tanta coisa boa em um só momento. Então eu fui em busca de elementos que pudessem compor um mundo novo e perfeito para mim.
Sou capaz de reconhecer que a minha fase presa na "gaiola" me trouxe grande amadurecimento. Aprendi a controlar melhor minhas emoções, assim como calar e consentir nas horas necessárias. Só que eu nunca gostei disso, não era o que eu era, e como agora eu tinha sido libertada, eu havia optado por ser "imatura" outra vez.
Escolhi voltar a falar a vontade, soltar asneiras que matam de rir e que podem matar de ódio qualquer um que não saiba lidar com um espírito tão livre quanto o meu. Escolhi estar sempre certa, não quero consentir. Que minha opinião sempre prevaleça senhor, por favor. Não vou abdicar de ser quem sou, nem vou mudar para te agradar. Sinto muito... Eu sou assim.
De qualquer maneira, falo um "muito obrigada" bem grande e alto para tudo e todos que ousaram me prender, ou pelo menos tentaram né? Eu fugi da gaiola. Agora estou devolta, a mesma pessoa do doce começo, e, o que tenho para finalmente dizer, é que tempos melhores, demoraram, mas chegaram.

Texto escrito com a música "Sweet Nothing" de Calvin Harris e Florence Welch ao fundo.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Sabe... Cansei!


Na infância, nós garotas fomos apresentadas ao mundo mágico dos contos de fadas. Princesas em castelos, com lindos campos floridos, e os passarinhos cantando. Existiam, no entanto, as bruxas malvadas que faziam-nas de escravas, ou prendiam-nas em uma torre bem alta, ou até os dois juntos. Só que as princesas contavam com uma salvação: seus príncipes encantados. Eles chegavam galopando em seus lindos cavalos brancos, para salvá-las de todo sofrimento, dando um beijo para acordá-las de um sono profundo, seja esse causado por uma maçã envenenada, ou por espetar seu dedo numa roca de fiar. Para colocar o sapatinho de cristal em seus pés, e libertá-las de suas vidinhas pequenas.
Então eles se casavam, e os castelos, agora eram sua moradia, onde os passarinhos cantavam todos os dias, e eles viviam felizes para sempre... Quisera eu não ter me iludido quando cresci. Quando crescemos, descobrimos que tudo não passava de uma história infantil. As princesas como em conto de fadas, nunca existiram além dos contos de fadas, assim como os castelos, os campos, os passarinhos cantando alegremente, e principalmente, os príncipes e os "felizes para sempre".
Já estava na hora de acordar e perceber que o tal príncipe lá, era apenas um sapo com uma capa vermelha, tentando dar sentido a uma frase tão sem sentido quanto "felizes para sempre". Que o cavalo branco era um burro, trazendo um sapo, para nos salvar da bruxa malvada: a realidade. Talvez a bruxa nao seja tão má assim, talvez ela quisesse nos mostrar tudo aquilo que nós não fomos capazes de enxergar quando crianças. Perceber que nada daquilo era real.
O problema é: nós garotas, sabemos que eram apenas historias, já nos desiludimos com elas, e apesar de tudo, continuamos na esperança do principe chegar e nos mostrar um final feliz... Mas eu não. Eu cansei de acreditar, eu comprei a verdade da bruxa, e não vou mais me iludir. Daqui pra frente nada de "happy endings". Se não for me dar um "never ending", pode passar bem longe do meu conto de fadas!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Insônia



Eu espero que a cada vez que você encostar a sua cabeça no travesseiro, as memórias te assombrem. Que elas te lembrem de tudo o que nós vivemos, e que você enxergue como isso foi jogado ao vento.  E  tomara, tomara mesmo que você nunca se arrependa de ter escolhido me deixar. Tomara que você nunca sinta falta de alguém para conversar, para desabafar, para te entender, jogar assunto fora em plena madrugada.
 Espero que você nunca queira e nem precise de um ombro para te consolar, alguém com quem contar, perdoar seus erros e regozijar com seus acertos. Espero mesmo que você nunca precise de mim, porque infelizmente, eu estou te abandonando, deixando você ir, eu estou te deixando. E todas as vezes que eu estive por você e com você, que elas também sejam esquecidas, pois eu não quero mais fazer parte da sua vida e nem das suas lembranças, a não ser as que te assombrarão quando você se sentir sozinho. 
Eu não quero ter mais nenhuma ligação com a sua pessoa, nem com seus sentimentos e ressentimentos, nem com a imagem idealizada que você tinha de mim. Como já dizia o filósofo: "Não aceite migalhas, Deus te fez mulher, e não formiga.", e adivinha só? Descobri que eu NÃO sou uma formiga. Eu não preciso dos seus restos, restos de amor, amizade, restos do diabo a quatro. Se você não quis se dar por inteiro, eu também não quero receber metade.
Se você acredita que uma aventura por noite te fará mais feliz, que cair na balada e esquecer do amanhã contribuirá para a sua alegria, eu te afirmo que a sua visão de felicidade é a mais deturpada possível, porque quando as festas, as "mulheres" e as bebidas acabarem, você provavelmente cairá em si, e irá perceber que você deixou ir a única pessoa que nunca te abandonou, mas tudo bem. Eu não te desejo mal. Eu sei de algumas verdades que não me deixam mais desmoronar.
 A primeira delas é que o "carma" existe, então tudo de ruim que você fizer para mim ou para qualquer pessoa que seja, se acumula e volta para você. E a segunda, é que tudo, tudo, tudo, tudo o que vai, volta, por isso, espera, que o que é seu está guardado só esperando para voltar para você! Se minhas frases de efeito acima, no entanto, não funcionarem, eu já me dou por satisfeita se as nossas lembranças te atrapalharem a pegar no sono na plenitude de sua solidão, cada vez que você for dormir.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

BITCH PLEASE!



Eu sou uma hipócrita mesmo! Fico aqui escrevendo textos sobre decepções, recomeços e sobre como não devemos esperar demais das pessoas, quando eu mesma não consigo fazer nada daquilo que proponho.
Eu sou uma mentirosa. Recomeços? Piada né? Quando eu estou no chão eu sequer consigo me arrastar, que dirá me levantar e muito menos dar um mísero passo. Tenho preguiça de passar todas as fases denovo, pular os mesmos obstáculos e, principalmente, tenho preguiça de conhecer pessoas. Eu tenho preguiça das pessoas.
Escrevo sobre não criar expectativas quando eu mesma sou a rainha dos sonhos diurnos. Fico esperando ansiosamente uma ligação, uma "chamada" no Facebook, uma mensagem e qualquer outra coisa que permita um diálogo. Já vi e revi a cena de nosso casamento umas oitenta mil vezes dentro da minha cabeça.
A verdade é que eu só tenho excelência para falar de decepções. Foram muitas, mas e daí? Elas me ajudaram a crescer e a conhecer as pessoas. Conhecendo as pessoas se evitam decepções, ou, se geram maiores decepções ainda. E eu já repeti "decepções" três vezes em um único parágrafo, aliás, quatro agora, e esse texto está mais confuso do que o meu próprio pensamento. Do que é que eu estou falando mesmo? Ah sim! Sobre minhas mentiras textuais, mas não quero mais falar delas. Agora vou falar sobre as pessoas.
Eu detesto as pessoas. Mesmo. Eu detesto aquele cara canalha que tem todas as mulheres (inclusive eu) pelo simples fato de ser um canalha. Ôh raça! Mulher gosta de porcaria né? Gosta do mais galinha porque sabe que ele não vai ficar só com ela e aí ela acha que pode mudar essa condição. Sério, o que leva essas tontas a pensarem que elas são diferentes das outras? Eu não tenho paciência. Eu não gosto dessas aí.
Tenho PAVOR dessas mulheres bobas que acreditam em qualquer asneirinha que o cara fala para ela. Depois ficam choramingando por aí "eu era quase virgem quando o conheci". Me dá um tempo! Eu pelo menos me iludo com as coisas que a minha mente cria, já essas bonecas são tão burras que se iludem com as mentiras dos outros.
Eu odeio gente fresca! Odeio gente falsa, odeio gente burra e odeio ainda mais gente que finge de burra - mulher que finge de burra para chamar atenção de homem. Odeio quando dizem para eu ir para a academia porque eu sou muito magra. Ôh seu idiota, você já pensou na hipótese de que eu não vou para a academia simplesmente pelo fato de que eu ADORO ser magra demais? E aí está outra coisa que eu odeio: padrões pré-definidos pela sociedade. Não aguento mais ligar a TV e ver um "mar de bunda" na minha frente.
Quanto ódio no coração! Cansei de odiar também e cansei de reclamar, porque eu odeio gente reclamona. É melhor eu parar por aqui antes que haja um curto circuito na minha mente e eu acabe morrendo; porque mortes levam a funerais, e eu odeio funerais.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Não hoje, talvez amanhã...



Um amor de verão. Tão lindo, tão meloso, tão clichê e tão... Nada a ver comigo. Sempre fui a garota diferente, que nunca gostou de fazer nada igual às outras e, obviamente, quando se tratava de amores e relacionamentos, eu tinha também que me diferenciar.
Estamos em Julho, inverno brasileiro, mas, em se tratando de um país tropical, o verdadeiro inverno se restringe à região sul. Viajei para a Bahia e lá fazia muito sol, vivi uma semana de muita festa, álcool e pegação. Tinha ido com a exclusiva intenção de curtir intensamente cada segundo do que eu viveria naqueles dias, aproveitar como nunca havia antes e cuidar de minhas amigas, já que elas ficariam mais bêbadas do que qualquer um e eu era a única que não gostava de beber. Pegaria alguns caras mas não esperava encontrar ninguém interessante, não esperava me envolver com ninguém por mais de uma noite, só que, como de costume, as coisas tendem a ocorrer diferente de tudo que eu planejo.
Logo no segundo dia de viagem, conheci ele. Um príncipe? Exatamente, mas não aquele príncipe idealizado por todas: um cavalheiro que abre a porta do carro, educado, bonito e sem graça! Ele era um príncipe engraçado, estiloso, simpático, daqueles caras meio skatistas, com uma atitude absurda e um piercing na língua. Me ganhou com dois minutos de conversa e mal sabia ele que era exatamente o meu tipo.
Conversando, descobrimos que tínhamos várias características em comum e talvez tenha sido por isso que eu queria muito estar com eles. Sagitarianos e de espírito livre, vi nele a possibilidade de encontrar um companheiro para todas as minhas loucuras e vontades, alguém que topasse escalar uma montanha às duas horas da manhã sem medo de nada. Enxerguei nele, tudo aquilo que eu procurava em uma pessoa, mas não esperava que ele fosse ser essa pessoa enquanto estivéssemos naquela viagem, porque sinceramente, eu não acreditava nem que nós ficaríamos outra vez... Engano meu.
Do segundo dia em diante, eu não fiquei com mais ninguém a não ser ele. Eu não conseguia me ver ficando com outro além dele, não queria saber de um beijo comum, não queria saber de nenhum babaca qualquer. Eu queria ele! Meu período pós-término se extendia por quase nove meses porque até então eu não havia encontrado alguém bom o suficiente para me fazer esquecer meu ex e finalmente eu encontrei ele, que em muito pouco tempo ocupou meus pensamentos em tempo integral.
As coisas entre nós fluíam e era tudo muito intenso, ele era aquilo que eu precisava e apareceu no momento mais inusitado. Nós morávamos na mesma cidade e tudo o que eu mais queria era que aquele príncipe fosse meu, no entanto, eu duvidava que ele, o rei das festas e dos bons drinks fosse querer ficar só com uma garota. Me acostumei com a ideia de que depois daquela semana eu não iria vê-lo mais e tentaria me desapegar daquela figura que estava comigo quando eu abria meus olhos pela manhã e quando eu os fechava pela noite.
No último dia da viagem, quando eu acordei e vi ele do meu lado, pensei: é, foi bom enquanto durou. Aqui jaz o meu amor de inverno. Então logo ele também acordou, deu um beijo em minha testa e deixou meu quarto. Eu não sabia quando nós nos veríamos depois daquele dia no aeroporto. Eu continuo sem saber quando ou mesmo se eu vou encontrá-lo outra vez. 
Pode ser que eu o veja hoje a noite na boate, amanhã, daqui uma semana, um mês, um ano ou nunca mais. Essa imprevisibilidade que tantos reclamaram em mim eu encontrei nele, e eu meio que gosto. Na verdade, eu adoro. Às vezes me amedronta, mas eu prefiro isso a ter algo mecanizado, sem graça e "rotinizado" da maioria do casais. Ok, nós não somos nada, talvez nem sejamos e é por isso que há semanas  escrevo esse texto e não consigo criar um final decente para ele.
Essa dúvida de como as coisas vão ser daqui para frente não me permite chegar à uma conclusão. Por isso vou deixar assim, em aberto, esperando o dia em que o príncipe skatista do piercing na língua ressurja miraculosamente para acabar com a minha vidinha monótona...



P.S.: Hoje completa um mês desde que ficamos pela primeira vez. Felizmente nós já nos vimos denovo, mas não sei se terão próximas vezes. Bem, se me serve de consolo, ele me ligou essa madrugada fazendo as "gracinhas" que só ele faz. Não entendi o porquê dessa ligação e muito menos o horário em que ela foi feita. Talvez ele estivesse pensando em mim... SÓ talvez...


domingo, 12 de agosto de 2012

No hopes, no hurts.



Nós mulheres e essa grande mania de idealizar as coisas. Idealizamos tudo: um homem perfeito, um casamento igual ao das princesas da Disney, uma família de comercial de margarina e um emprego dos sonhos. Nós e essa grande mania de depositar toda nossa confiança em coisas tão incertas quanto o tempo.
Como já dizia Shakespeare, "as expectativas são as raízes de todas as decepções" e não há nada mais verdadeiro do que isso. Generalizando, as mulheres tendem a acreditar em promessas feitas pelos diversos tipos de cafajestes que surgem em suas vidas, simplesmente porque querem viver um conto de fadas e serem felizes para sempre.
Acordem! Por que o cara ficou com você uma noite e foi super fofo, te tratando como se fossem namorados não quer dizer que ele realmente quer ter algo sério com você. Não quer dizer que ele vá te ligar no dia seguinte e muito menos te pedir em namoro. Minhas filhas acordem!
Se vocês esperam demais das coisas e principalmente das pessoas, a chance de se decepcionar é quase de 100%, sabe por quê? Porque pessoas são simplesmente pessoas. As idéias mudam, assim como as vontades. Tudo é momentâneo. Hoje você pode ser suficiente para alguém e suprir todas as suas necessidades, mas, talvez, amanhã você já não seja mais. Às vezes servimos de distração para alguém que quer apenas se divertir e acabamos nos iludindo.
A chave de tudo está em saber controlar o que sentimos e moderar nossas vontades. Surpreenda-se! Viva sua vida normalmente sem esperar que seus desejos se realizem da noite para o dia, do contrário, aprenda a lidar com uma constante angústia te afligindo e acabando com todos os estoques de chocolate da sua casa. Coisas boas vêm para aqueles que esperam. Quando você parar de desejar tanto aí, talvez, tudo o que você quer aconteça.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

You Only Live Once



Qual o sentido da vida? Dentro do ônibus, voltando para casa de uma das minhas inúmeras viagens para minha cidade natal, olhei para o lado e avistei um livro em cima da cadeira de uma das passageiras com tal título, o quel me instigou e levou-me a escrever esse texto. Na verdade, o livro só serviu de "pontapé" inicial, pois, a situação que eu sei que alguma garotas se encontram, foi o principal motivo.
É normal ficarmos meio deprimidas, chateadas e cabisbaixas quando um relacionamento de longa data chega ao fim. Nesse período, os cobertores, chocolates, sorvetes e as comédias românticas são nossas melhores amigas para tentar afastar o pensamento daquilo que nos machuca. O que não é normal, no entanto, é você sentir vontade de acabar com seu sofrimento de um jeito mais radical, se é que me entendem.
Sou do tipo de garota que acha que devemos fazer tudo aquilo que estamos com vontade. Tem vontade de pular de pára quedas? Pule. Quer comer tudo aquilo que vê pela frente e esquecer que tudo vai para seus quadris depois? Coma. Quer pegar mil caras em um dia, ou então pegar um cara comprometido? Pegue, mas na calada. Quer se matar? Opa! Calma aí! Não faça isso, sua vida vale muito para você querer acabar com ela. Pensa que não foi fácil para você chegar onde está hoje. Você teve que competir com milhões de espermatozóides para poder nascer e venceu cara! Agora, no auge da sua vida, quando você já chutou várias pequenas pedras do seu caminho você quer desistir de chutar essa por medo de quebrar sua unha do dedão do pé? Essa pedra não é maior do que as outras, mas você a enxerga assim porque, no momento, não quer passar de nível, não quer abandonar uma fase da sua vida que não serve mais para você.
Existem mais de sete bilhões de pessoas no mundo para se conhecer, mais de cento e noventa países para se visitar, mais de cinquenta esportes pra se participar, inúmeras comidas para se experimentar e COMO você espera fazer tudo isso e muito mais se você não valoriza a vida que tem e muito menos faz questão dela? Fantasmas não viajam mais rápido do que gente de carne e osso não ok? Então trate de ficar feliz por estar vivo.
Temos que ir em todas as festas, tomar todos os drinks (isso fica para aqueles que gostam), brigar, bater, xingar, fazer as pazes, amar, comer, dançar, viajar, fazer loucuras boas, beijar, ir em todas as festas, pensar, vestir tudo aquilo que queremos vestir sem nos preocupar com o que os outros vão achar, falar demais ou de menos, ouvir, ler e o principal, temos que ser! Temos que aproveitar tudo aquilo que faz bem para nós, temos que construir memórias, fazer histórias, marcar momentos.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Chega dessa história!



Sente-se, vamos conversar. Eu sei que tenho me mostrado ausente, pois essa é mesmo a intenção. Olha, ultimamente meus pensamentos estão mais confusos do que jamais estiveram, eles estão mais perdidos que o colar jogado por Rose ao mar no Titanic, mas eu juro, eles estão tentando se encontrar.
Vamos trazer à tona os nossos problemas de casal, quando nem isso somos mais. Eu pensei que quando nós terminamos, os problemas embutidos em nosso relacionamento acabariam também, além de pensar que seria fácil te esquecer, só que mesmo depois de tantos meses eu sinto que muita pouca coisa mudou. Sabe, eu queria entender o que passa pela sua cabeça, pois mesmo que eu tenha alguma ideia do que seja, a confirmação é sempre melhor. Eu sou para você agora, uma distração que você contacta nos momentos de carência.
Sinceramente, da última vez que nos encontramos na sua casa, em pleno dia dos namorados, eu tive a sensação que as coisas voltariam ao "normal". Pensei que daquele dia em diante, nós voltaríamos a ficar juntos de verdade, como um só. Seu teatro foi tão bom que me convenceu. Passou a notícia para amigas minhas, dizendo que muito em breve seríamos um casal.
Não sei se essas palavras foram verdadeiras e agora elas nem mesmo me interessam mais, só que se esse seu discurso barato foi sincero, eu gostaria de lhe fazer algumas perguntas. Dessa nossa relação tão desgastada pelo tempo como você disse, o que seria diferente caso voltássemos? Nada. Se algo realmenre fosse mudar, teria mudado nas voltas dos nossos "ensaios" para o fim e você sabe disso tão bem quanto eu. Que futuro nós teríamos depois de todas as coisas que aconteceram no desenrolar desses meses? Nenhum. Não temos mais nada em que prosperar, não temos paciência, não temos respeito, não temos o brilho de um casal apaixonado. E por último, o que nós poderíamos acrescentar na vida do outro? Sinceramente, nada.
Eu não gosto de estar sem você, mas agora eu tenho me divertido mais do que nunca! Saio com minhas amigas, converso com quem eu quero, não tenho que dar satisfação de nada do que eu faço para ninguém. Você cortou minhas asas e ainda fechou a minha gaiola! Eu estou vivendo o melhor momento da minha vida e eu jamais estaria fazendo tudo que eu faço agora se nós ainda estivéssemos juntos. Amo sair com as meninas, dançar em cima das mesas, ficar muito louca e não pensar no dia do amanhã. Se eu precisasse de um pai, eu não teria nem começado nada com você. Era suposto a ser bom, mas havia tempos que aquilo que vivemos passara de algo mágico para uma eterna prisão.
Sabe, eu não quero vim aqui e jogar nas suas costas toda a responsabilidade de não termos dado certo. O que eu queria, era que você refletisse sobre todas as minhas indagações, parasse de me procurar, e, nos meus momentos de fraqueza indo atrás do seu colo, você ignorasse. Isso vai ser tão melhor, quem sabe um dia, assim, poderemos nos ver como apenas pessoas que em um passado não tão distante participaram da vida uma da outra? Eu não quero mais que você tenha o conforto de em uma ligação me ter embaixo dos seus lençois, porque isso só me faz mal. Agora que eu percebi suas armadilhas em volta de mim, quero me afastar pra não correr o risco de ser pega denovo e denovo e denovo. Nós somos e fomos o retrato de muito desequilíbrio emocional para um só casal e eu não quero mais ser um modelo disso.
Assim, termino dizendo que não entendo e nem tenho noção de como tudo será daqui pra frente. Espero que, assim como na música, "tudo se renove pra nós dois, nossas vidas são tão diferentes, viva agora tudo o que sonhou", pois eu já estou vivendo e não te deixarei atrapalhar isso outra vez.

Texto escrito no dia 07/07/12. Memórias passadas.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

(Re)Começando...



É díficil aceitar que algo chega ao fim. Não importa o que seja, o fim de um relacionamento, o fim de uma amizade, o fim de um livro que gostávamos muito, o fim de qualquer coisa que trazia sorrisos aos nossos olhos... Nós, meros mortais, não gostamos dos fins, pois esses geralmente marejam os antigos olhos que sorriam, e convenhamos, alguém nesse mundo gosta de viver em plena melancolia? Creio eu que não.
Mais difíceis que os fins, entretanto, são os recomeços. Quando nos vemos em uma situação na qual a única solução que nos resta é recomeçar, as dúvidas e questionamentos começam a surgir em nossas cabeças. Primeiramente pensamos: por onde começar? E a resposta é muito simples: estando no chão, a melhor alternativa que se tem é levantar, não se pode construir um castelo sentada menina. Não fique aí esperando por um milagre, porque ele não vai acontecer se você não fizer a sua parte, por isso levante-se, erga sua cabeça, mostre sua força, sorria! Sorria mesmo se dentro de você tudo o que existir forem lágrimas. Não dê espaço para pessoas maldosas tentarem te fazer voltar para o ponto de partida. Estando de pé você já tem meio caminho andado.
A partir daí é com você! Suas escolhas vão traçar o seu caminho e suas decisões serão os tijolos para construir a base do seu castelo. As novas experiências darão continuidade para que sua obra comece a adquirir forma e tamanho, as novas pessoas darão portas e janelas para ela: portas para entrarem mais “gente de verdade”, gente sincera, que ama, ri, chora e que se entrega e janelas, para que sejam expulsas “gente de mentira”, gente falsa, que entrou em seu castelo só para tentar destruir o seu reinado. O seus sentimentos serão responsáveis por construir cada cômodo dele: quarto da alegria, quarto do amor, quarto da esperança... E os seus sonhos darão cor à ele!
Eu sei que quando se tem que recomeçar parece impossível sair do estado de inércia, pois realmente não temos vontade de sair desse estado. Nesse momento tudo que queríamos era uma “máquina do tempo” para voltar atrás e tentar consertar tudo o que deu errado, mas enquanto não inventam uma, temos que aprender a lidar com os fins. Talvez se acabou é porque não era pra ser, então é melhor que tenha acabado agora do que acabar mais adiante e te causar o dobro de problemas que está te causando no momento.
Por isso, se você terminou um relacionamento que durou por muito tempo e acredita que a dor nunca vai passar, acredite, a dor passa. Pensamos que não vai ser fácil acostumar com o jeito de outra pessoa quando se viveu ao lado de uma outra por uma “vida”, crescendo, descobrindo, compartilhando experiências, mostrando o seu jeito mais espontâneo e desleixado. Quando você fazia bobagens, brincadeiras e não tinha medo de mostrar o seu lado “criança” perto dessa outra. Fácil não vai ser mesmo, mas olha, o seu objetivo agora é recomeçar, não reviver. Do mesmo jeito que você começou com o seu ex, você pode começar com o outro. Se você não tentar, você nunca vai saber. Ele pode te fazer tão feliz quanto o seu passado te fez.
Se você perdeu uma “amiga”, agradeça. Se você a perdeu, é porque ela não era sua amiga de verdade, porque amigas de verdade nunca te abandonam, não importa se vocês estão longe ou perto, amiga de verdade tá alí com você em sentimento e independente do que aconteça elas vão te ajudar e te apoiar quando você precisar, sendo isso recíproco.
Coloque uma coisa na sua cabeça: nós precisamos de recomeços para continuar nossa vida. Você não pode desistir no início, porque o início é sempre o mais complicado. Vão surgir inúmeros obstáculos, recaídas e desvios para tentar te afastar do seu objetivo principal, mas não ceda. Vontade dá e passa, se você cede a elas, é provável que se arrependa depois, então poupe sua cabecinha de pensamentos arrependidos, de como você gostaria não ter feito isso ou aquilo.
Prepare seu caminho e castelo para batalhas maiores do que simples recomeços, e espere, pois quando você estiver pronta coisas boas começarão a acontecer na sua vida. Você se sentirá grata por ter recomeçado e verá que se tivesse continuado parada, não teria construído todo o império que tem agora.