sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Sozinha

1:39. Recusei, mais uma vez, o convite das minhas amigas para aquela balada. Já é tarde e eu me sinto tão cansada, que mesmo que fosse cedo eu também recusaria.
Eu ando tendo estes surtos de criatividade nesse horário. Minha mente tem dessas de me pregar peças nas horas em que eu estou só, que me sinto só.
Tantas pessoas à minha volta e eu ultimamente só quero todas longe, porque, na verdade, eu queria estar distante delas e de mim, como estou agora.
Minhas palavras já nem fazem sentido mas eu não paro de escrever.
Eu me sinto vazia.
Perdida.
Confusa.
Sozinha.
Perto.
Longe.
Se eu pudesse ao menos entender o motivo disso tudo, talvez não escrevesse.
Se eu escrevo é porque não entendo; é porque colocar para fora, na minha mente, torna tudo um pouco menos aleatório.
Eu já não tenho mais saco para sair de casa. Lidar com as pessoas, mesmo com as que eu mais amo, têm sido muito difícil. Meu espírito festeiro tomou um porre infinito do agito. Talvez seja minha velhice adiantando quarenta anos... Minhas desculpas estão cada dia piores: minha cabeça não tem mais como doer, meus parentes já me visitaram pelas três próximas gerações e minha gata já ficou doente para o resto da vida. Tá complicado...
Às vezes eu acho que as pessoas sugam todas as minhas energias. Eu me sinto exausta só de criar diálogos em pensamento.
Eu só quero poder ficar no silêncio do meu apartamento, ouvindo músicas que me inspirem a escrever meus devaneios.
As únicas companhias que eu quero nesse momento são as que eu tenho agora: meu computador, Ed Sheeran e minha gata.
Me deixe só.
Todas essas pessoas à minha volta e eu ultimamente só as quero longe, porque, na verdade, eu preciso estar distante delas e de mim, como estou agora.


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